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quarta-feira, 8 de julho de 2009

A morena clara, do sul.

Semana passada recebi um presente que me deixou honrada! Já havia recebido tal presente algumas vezes, mas não desta forma.
Trata-se de uma poesia feita especialmente para mim. Porém, sua autoria não é de um jovem amigo ou proveniente de um coração apaixonado – como das outras vezes - e sim, feita por alguém que, ao longo de seus mais de 100 anos de idade, muita história tem para contar.
O autor é Britto de Oliveira, escritor brasiliense. Ao longo de sua vida trabalhou no funcionalismo público, porém aos 75 anos de idade decidiu colocar sobre o papel tudo o que até então, a vida lhe havia ensinado - e não mais parou.
Posto então, tal presente, que de bom grado aceitei: “A morena clara, do sul”, de Brito de Oliveira.

A morena clara, do sul
Britto de Oliveira

Jovem morena clara, símbolo de um amanhecer
Unida aos pais, pelo anel de amor e gratidão
Lume de uma família expoente, sólida e culta
Imperando no lar o aconchego de ainda criança!
Altaneira, ativa, inteligente a caminho das letras
Nítidas numa desenvoltura em nível de Universidade,
Apreciável profissão, numa mostra de ensinamentos.

Partis-te das plagas do sul berço dos teus primários dias,
Elegendo-se brasiliense nesse horizonte tão fecundo!
Risonha capital do país, pungente e cheia de esperança.
Essencial urbe para notáveis e diferenciados aprendizados
Solicitados pelos inovados empreendimentos educacionais.

Colhes-te na alvorada da vida as tuas dezenove primaveras
Alvejando o teu caminho com lírios perfumados
Rindo numa profunda alegria! Mostrando esses dentes nus,
Vestidos de uma terna e viva brancura num deleite imaculado
Associado a esse rostinho de arcanjo das alturas onde há
Luminárias estrelando que rutilam e bordam o infinito,
Habitação do Altíssimo e único que te moldou nesse vivo encanto
Obrigado gauchinha pelo modelo, para esse fascinante perfil.

Obs: Perceba as primeiras letras de cada verso, combinadas umas com as outras: trata-se de um acróstico.