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quinta-feira, 24 de junho de 2010

E se acontecesse?

“Mais um dia normal.
Mais uma daquelas tardes enfadonhas, quentes e sem muita coisa para fazer. As horas pareciam não passar, e o calor extremo gerava grande irritação nas pessoas, que já não tinham muito que fazer - além da utilização dos melhores aparatos contra o calor já inventados pela ciência.
Eu estava sentada com as pernas no mesmo nível dos quadris, os joelhos próximos ao rosto. Pensando em nada, olhando para cima.

Foi quando vi. Primeiro, tive a visão geral do que estava acontecendo. Vi duas grandes ondas, porém não eram ondas normais. Cada uma tinha em média mais de 100 metros de altura. Vi o mar em grande revolta, e as duas ondas gigantes precipitavam-se uma contra a outra, frente a frente, causando um choque, um estrondo de água surreal. Essas duas ondas - que se transformaram em uma só -; que se transformaram na porção do mar mais revoltosa que já vi, engoliam as pessoas que já estavam no mar, tragando-as para as profundezas do oceano, levando-as para uma viagem de ida sem volta. Essas pessoas não tinham tempo para nada: o último suspiro de vida havia sido em meio à pavorante visão daquelas ondas precipitando-se contra elas em grande covardia.

As ondas precipitavam-se contra os prédios engolindo os mais altos arranha-céus; contra as pessoas que caminhavam na rua, contra aqueles que em suas casas julgavam estar seguros. Elas não tinham misericórdia de nada e muito menos de ninguém.
Uma visão de dilúvio, do inferno. Talvez da ira de Deus.
Depois de ver a devastação gerada por aquelas ondas como alguém que simplesmente está assistindo a tudo, alguém que foi transportando àquele lugar como um mero espectador, me vi novamente onde eu estava, sentada, pensando naquelas cenas de horror.
Quando olhei para cima, e olhei novamente, meus olhos não acreditavam no que viam. As duas grandes ondas formavam-se encima de onde eu estava, exatamente como eu havia visto acontecer com aquelas milhares de pessoas: uma contra a outra, e eu sentada no meio delas, senti o que aquelas pessoas sentiram: meus últimos momentos de vida estavam esgotando-se, eu seria submergida com grande violência por aquela água. Quanto desespero! Eu nada podia fazer, apenas transformar em ação o ingênuo pensamento de proteger-me encolhendo-me o máximo que pude.
O que é o ser humano diante da ira da natureza? Uma pena, uma sombra, um vapor. Fui totalmente engolida pela água.
Eu não sabia onde eu estava, eu não sabia o que havia acontecido. Perguntas giravam em minha cabeça, buscando a compreensão daquilo tudo.

Até que consegui me ver.

Eu, que até então era uma bela moça no auge de seus 20 anos, agora estava nas profundezas do oceano. O corpo submerso, sem vida, sem expressão. Como um manequim de vitrine de loja, os cabelos esvoaçantes, as pontas dos dedos finos sem movimento, a pigmentação da pele alva, como a neve. Eu estava morta – porém mais curiosamente, eu me via, mais uma vez como expectadora, morta. A Julyana já não mais existia, era somente um corpo sem vida perdido na imensidão do oceano. Era somente mais uma pessoa – dentre as milhares – que havia sido morta de surpresa, sem ter como defender-se.

Aquelas violentas ondas por fim, haviam ceifado muitas vidas... Inclusive a minha.”

Acordei sem entender este sonho.

Tive esse sonho a mais de uma semana, e depois dele sonhei outras vezes com água e inundações em um prazo de poucos dias. Eu ainda não havia visto o que aconteceu em Alagoas e Pernambuco (As chamadas tsunâmis brasileiras).
Já tem sido de praxe compartilhar o que acontece comigo enquanto durmo. A última postagem (Uma visita INesperada) também foi a representação escrita de um sonho que tive, que fez-me pensar na volta de Cristo durante meses a fio. Porém, sobre meus sonhos em geral, falarei em outro momento.
Voltemos a esse.
Confesso que a sensação de ver a si próprio morto não é das melhores. Ver cenas de devastação, terror e morte também não é nada interessante, ou divertido, pois em um primeiro momento não se trata de efeitos especiais de um filme, mas de situações reais, tão reais que parecem palpáveis.
Este sonho me fez refletir em muitas coisas. Ultimamente tenho sonhado com realidades muito diferentes da minha. Desastres naturais, perseguição (falarei disso na próxima postagem), lugares inóspitos, situações adversas. Às vezes o sonho é comigo, assim como às vezes simplesmente assisto a cenas terríveis que ocorrem com pessoas desconhecidas em várias partes do mundo.
O que muitas vezes esquecemos é que muitas situações que apenas vemos em produções cinematográficas, realmente acontecem em lugares espalhados pelo mundo. O que nos parece algo distante – como grandes desastres naturais, cheiro de morte pelas ruas e devastação em seu país – infelizmente é a realidade de milhares de pessoas comuns, assim, como eu e você.
Pessoas que foram pegas de surpresa, assim como um dia eu e você também podemos ser pegos. VOCÊ ESTARÁ PREPARADO?


Depois que tive esses sonhos com grandes inundações (e em todos eu era uma das pessoas atingidas), refleti sobre o porquê de eu ter tido esses sonhos. Creio que a verdade é que muitas vezes é muito difícil nos colocarmos no lugar de algumas pessoas. Entendermos seu desespero, sua aflição, sua dor. Precisamos deixar de ser pessoas indiferentes, relapsas, presas em nossas pequenas questões, e refletirmos sobre o que tem acontecido ao redor do mundo. Deveríamos ser gratos por estarmos a salvo, porém geralmente esse tipo de graça passa despercebido e é suprimido por descontentamentos egoístas diante de Deus.

Nossa vida é como um sopro. O tempo é muito pequeno para aqueles que não tomaram decisões importantes enquanto puderam.
Enquanto eu assistia a todas aquelas mortes, perguntava-me aflita sobre os destinos finais daquelas pessoas, o depois da morte. Podemos não gostar de pensar sobre o assunto, mas um dia chegará, e o que hoje é uma mera especulação, brevemente será um momento real, o mais real de sua vida.

E se acontecesse? E se você fosse surpreendido por grandes ondas que ceifariam sua vida em questão de segundos, sem tempo para nada, fazendo-o partir deste mundo da forma que você está?
Jesus está voltando, e os sinais já se cumprem. Breve Ele volta! Em pouco tempo muitas outras coisas continuarão a se cumprir no Brasil - comojá tem acontecido.

A pergunta que vem à mente é: Você estará preparado?
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“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto." - Isaías 55.6