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"...Para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo." Mc 13.36
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As pessoas iniciavam mais um dia normalmente.
Passavam apressadas a caminho do trabalho, realizavam seus exercícios matinais, sentados em bancos liam seus jornais, levavam suas crianças à escola.
O dia estava maravilhoso. O relógio marcava as primeiras horas da manhã, e o sol não economizava sua exuberância em um delicioso e agradável calor. O céu parecia saído de uma maravilhosa obra de arte: uma mistura de tons rosados, laranjados e pastéis, que juntos formavam uma vistosa composição pintada à mão. Até mesmo as árvores pareciam mais verdes e vivas. Os homens nunca pareceram tão independentes e donos de seus próprios destinos e decisões.
O dia parecia perfeito. Tudo estava nos conformes.
Entretanto, por que eu estava com aquele aperto no coração? Com aquela sensação de que algo muito sério estava para acontecer? Ainda que tudo parecesse normal, aflição e temor chamavam-me para uma despretensiosa conversa.
Foi quando começou.
No início pensei que fosse um incêndio de grandes proporções, pois a fumaça era sem tamanho, uma nuvem preta. Vinha crescendo majestosa, de cima até abaixo, gradativamente, sobre tudo que pudesse ser visto. Essa temível nuvem preta envolvia, engolia pessoas, prédios, grandes construções. Ela estava apoderando-se de tudo.
Simultaneamente, vi enormes estrelas avermelhadas e com grandes cristas, cruzando-se em admirável velocidade. Pasmo, espanto, medo. Por Deus, o que era tudo isso? A sensação era de que o céu e todas as suas estrelas cairiam sobre nós.
O clima mudou, o medo era quase palpável. As pessoas corriam, o vento em grande desenfreio a tudo tentava levar.
O desespero já havia tomado conta de mim, mas teve seu ápice quando vi que algumas pessoas a poucos metros não eram envolvidas por aquela fumaça. Sobre elas não havia sinal da instigante nuvem escura. O mais intrigante era que em meio a todo aquele caos, essas pessoas sorriam. Como era possível? Enquanto eu estava mais e mais imersa naquela nuvem preta, desesperei-me por completo ao supor o que poderia finalmente estar acontecendo.
Não, não poderia ser isso. Eu quis chorar. Não, não Senhor, por favor...!
O dia estava maravilhoso. O relógio marcava as primeiras horas da manhã, e o sol não economizava sua exuberância em um delicioso e agradável calor. O céu parecia saído de uma maravilhosa obra de arte: uma mistura de tons rosados, laranjados e pastéis, que juntos formavam uma vistosa composição pintada à mão. Até mesmo as árvores pareciam mais verdes e vivas. Os homens nunca pareceram tão independentes e donos de seus próprios destinos e decisões.
O dia parecia perfeito. Tudo estava nos conformes.
Entretanto, por que eu estava com aquele aperto no coração? Com aquela sensação de que algo muito sério estava para acontecer? Ainda que tudo parecesse normal, aflição e temor chamavam-me para uma despretensiosa conversa.
Foi quando começou.
No início pensei que fosse um incêndio de grandes proporções, pois a fumaça era sem tamanho, uma nuvem preta. Vinha crescendo majestosa, de cima até abaixo, gradativamente, sobre tudo que pudesse ser visto. Essa temível nuvem preta envolvia, engolia pessoas, prédios, grandes construções. Ela estava apoderando-se de tudo.
Simultaneamente, vi enormes estrelas avermelhadas e com grandes cristas, cruzando-se em admirável velocidade. Pasmo, espanto, medo. Por Deus, o que era tudo isso? A sensação era de que o céu e todas as suas estrelas cairiam sobre nós.
O clima mudou, o medo era quase palpável. As pessoas corriam, o vento em grande desenfreio a tudo tentava levar.
O desespero já havia tomado conta de mim, mas teve seu ápice quando vi que algumas pessoas a poucos metros não eram envolvidas por aquela fumaça. Sobre elas não havia sinal da instigante nuvem escura. O mais intrigante era que em meio a todo aquele caos, essas pessoas sorriam. Como era possível? Enquanto eu estava mais e mais imersa naquela nuvem preta, desesperei-me por completo ao supor o que poderia finalmente estar acontecendo.
Não, não poderia ser isso. Eu quis chorar. Não, não Senhor, por favor...!
Minhas suspeitas foram confirmadas ao ver que essas pessoas com sorrisos na face subiam, eram suspendidas, eram elevadas no ar, até o céu. Eu podia ver algumas se regozijando naquele momento, glorificando a Deus por terem sido achadas como dignas de celebrar as bodas do Cordeiro, de assentar-se em posição de honra à mesa do Rei.
O dia do casamento havia chegado. O esperado encontro estava por acontecer: finalmente o noivo encontraria sua imaculada, amada e preciosa noiva. Ao ver tudo isso, esperava eu o momento de ser elevada como os outros que subiam, mas isso não acontecia.
Até que eu o vi.
Vi a Cristo, aquele Cristo com o qual pensei ter convivido tanto tempo, aquele Cristo com o qual erroneamente julguei ter conhecido durante toda minha vida.
Aproximei-me a Ele. Tão amável, tão acessível! Não foi áspero. Não foi duro. Não foi superior. Com amor olhou-me, sorriu-me, mas desajeitado e como se quisesse desculpar-se, disse-me: não se lembrava de mim. Sorriu, dizendo-me com os olhos: “Eu sinto muito, eu sinto muito mesmo!... Como eu queria poder fazer algo, mas... não posso.”
Perplexidade.
Como assim, Senhor? Então eu não seria levada até o céu? Eu que sempre pensei viver uma vida correta e digna aos olhos de Deus não era reconhecida por Ele? Senhor, por favor, lembre-se de mim! – implorei. Mas não adiantava, eu sabia. Já havia ouvido falar que para aqueles que não fossem por Ele reconhecidos não haveria misericórdia.
Não, não pode ser possível!!
Então vivi uma mentira, enganei-me em uma religiosidade mortal que no final das contas levar-me-ia à ruína, à morte fatal? Eu que “morava” na Igreja, que participava ativamente de ministérios, que era líder?!
Minha vida passou diante de meus olhos. Cenas, palavras, risos, culpas, situações, passeavam em grande velocidade por minha mente, cruzando-se freneticamente. Tudo começou a girar, eu queria encolher-me em posição fetal.
Sem esperança, a mente girando. Minhas forças estavam sendo sugadas ao passo em que eu digeria o que realmente estava acontecendo comigo ali.
Eu já não podia fazer mais nada. Os últimos santos subiam e Jesus já não estava mais ali. Já havia ido – tão assustadoramente rápido. Por fim, de forma desesperante, a fumaça encobriu a tudo e a todos por inteiro.
Aquilo realmente era REAL.
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Estava CONSUMADO: Jesus havia voltado, e eu havia ficado.
Estava CONSUMADO: Jesus havia voltado, e eu havia ficado.
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"Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem." Mt 24.27