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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Homem x Animalidade

No que diz respeito aos seres humanos, um fato só pode ser negado ou contradito caso haja ações - que sirvam como evidências - que o desconstruam e condizem com a realidade.


Muitas são as teorias que têm por finalidade explicar o surgimento da raça humana. Ainda que haja grande variedade, o evolucionismo - que afirma o homem oriundo do macaco - tem sido a mais aceita e supostamente, mais lógica e racional.


Contudo, vê-se um grande contradição: Ao passo em que a sociedade contemporânea afirma ser originária de um animal, simultaneamente repudia qualquer forma de alusão, comparação ou aproximação a um. Logo, o que vemos são pessoas incertas de suas origens, negando as próprias crenças. Afinal, o ser humano - tão complexo em si, rico em habilidades e dotações - não pode ser comparado a criaturas selvagens e desprovidas de racionalidade.


Segundo o dicionário Gama Cury, animalidade é "condição do que é animal". Sendo assim, animalizar-se seria "tornar-se bruto", "embrutecer-se", bestializar-se".


Analisando o homem e suas atitudes historicamente, é fácil perceber que não há grande distância entre nós e o ato de "tornar-se animal". Ainda que a grande maioria não aceite, o homem animaliza-se desde que passou a existir.


Sua animalidade pode ser vista em praticamente todos os seus atos. Já no início de sua existência foi um animal que buscou seus interesses, agiu por instinto e não abriu mão de suas vontades.


Ainda que, segundo Robert Foley, um animal não possua capacidade de organizar-se socialmente de forma complexa, o homem por sua vez, aglomera-se sobre o outro em uma sociedade selvagem, onde predomina a lei do mais forte.


O ser humano levanta bandeiras em nome de organizações e idéias que, geralmente, nada mais são do que a representação de seus desejos individuais, de suas vontades secretas. Age com dissimulação, frivolidade e calculismo, de forma que melhor lhe convier. Enquanto tenta manter uma imagem de homem civilizado, o menor deslise revela sua animalidade. Um excelente exemplo é o texto "Acirema", que mostra-nos uma tribo selvagem cometendo atos absurdos em relação a hábitos, tradições e costumes, quando na verdade, o texto fala dos próprios seres humanos ocidentais.


Todas estas questões não estão relacionadas à natureza original do ser humano, pois sabemos, de fato, que o homem não é um animal e também não tem por finalidade agir como um. Entretanto, a cada dia torna-se mais parecido com seres providos de sensibilidade, mas sem o mínimo de racionalidade. Logo, metaforicamente, o homem é um animal, e sua animalidade é expressa diariamente através de seus atos.


Assim, voltamos à idéia inicial: um fato só pode ser negado caso haja ações (evidências) que condizam com o que é afirmado. Doa a quem doer, afirmar conotativamente que o homem é um animal é perfeitamente condizente à realidade em que vivemos; assim como crer no contrário é prontamente jogado por terra ao olharmos para nossas ações, tão dignamente "civilizadas".


OBS: Ainda que eu seja uma criacionista ferrenha, vejo a Antropologia ajudando-me a ser imparcial, rs.