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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um dia lindo almejo eu encontrar a ETERNA GLÓRIA que prometida está...

Com muita tristeza e meu coração cheio de dor e pesar, quero aqui pronunciar poucas palavras.

Desde que entrei no Facebook, nunca vi nada relacionado a ‘avós’. Nenhuma piada, nenhuma imagem comovente, nada. Hoje, justamente hoje, muitas pessoas resolveram compartilhar a seguinte frase: ‘Vó, não tem facebook, mas mesmo assim lembra do seu aniversário’.

Se fosse outro dia eu acharia graça.

Mas perdi minha avó paterna há algumas horas. Ela faleceu ontem à noite, em pleno Natal.

Logo, essa imagem acentuou uma dorzinha de saudade.

Minha avó Clair, serva de Deus, mãe do meu pai, foi para a glória há poucas horas. Ainda que exista a dor da separação, meu consolo é que ela está no céu com o nosso Deus. Ela era uma verdadeira cristã; mulher de oração, cabelo liso bem comprido, e só usava saia porque ‘vaidade era pecado’ – como ela dizia, rs.

Sim, as avós não têm facebook e lembram dos nossos aniversários. Mas elas são, e fazem, muito mais do que isso. Logo, se você tem o privilégio de ter suas avós – e avôs – perto de você, aprecie essa dádiva.

Abrace-os, diga que os ama, beije-os, sente-se com eles e peça para que eles te contem suas histórias de vida. Mergulhe em suas lembranças, aperte-lhes suas mãos, tome chá, sorria, faça favores, penteie-lhes os cabelos, veja fotos de família de longas datas, faça cócegas, irrite-os de brincadeiras, peça suas bênçãos, leve-os para tomar sol, assista novelas, diga que o cachecol que elas estão costurando está lindo.

Faça isso enquanto pode, pois com minha avó Clair, eu já não posso mais.

Tenho ainda uma avó a quem amo demais, porém ela se encontra a quase 3.000 km de mim. Se eu a tivesse aqui em Brasília, hoje mesmo iria correndo lhe fazer uma visita e dizer que a amo.

Como é bom saber que Ela está com o nosso Deus. Como foi incrível ver meu pai ontem, depois de chorar e soluçar como um bebê, cantar: ‘ UM DIA LINDO ALMEJO EU ENCONTRAR A ETERNA GLÓRIA QUE PROMETIDA ESTÁ...’

Obrigada a todos meus amigos queridos que apoiaram minha família neste momento com palavras, orações e ligações amáveis. Pessoas como vocês fazem com que não nos sintamos sós.

Te amo, vó. Obrigada por tudo! Mas principalmente, obrigada por ter trazido ao mundo o homem mais importante da minha vida. Me espera no céu que em breve eu chego.

Por último, um conselho a você, querido leitor: Ame o que você tem, antes que a vida lhe ensine a amar o que você tinha.

‘... Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos... ‘ – Willian Shakespeare

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Nada de atalhos, passe pela cruz.

… Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. - Lucas 9.23

Sexta-feira, 26 de agosto de 2011. Após a mensagem do Pastor Fabrício Cunha, estou eu, no meio da ministração do cantor PG.

As luzes estão apagadas. Ao meu redor há muitos jovens das mais variadas igrejas espalhadas pelos arredores de Brasília. Neste momento, uns adoram ao Senhor, outros curtem o show, alguns conversam, outros se perdem em sua introspecção.

Eu fecho meus olhos. Aperto no coração. Uma voz tão audível! O Senhor fala à minha alma. Ali, na primeira noite do Centragresso #23 (Congresso de Jovens e Adolescentes da IBCT, minha igreja), Deus trás uma grande verdade ao meu coração, através da canção que o PG ministrava naquela hora: Passar pela Cruz - PG

‘… Não quero ir por atalhos, quero seguir o caminho que Tu preparastes pra mim, Senhor. Quero agradar o teu coração, Te obedecer é sempre o melhor. Não quero ter tuas bênçãos sem antes passar pela CRUZ… ’

Essas palavras causaram um impacto muito grande dentro de mim. Senti dor. A dor da insistência em planos que não são os dEle. A dor da renúncia, da espera, do auto-esvaziamento. Será que você vive algo semelhante neste momento de sua vida?

Ah! Como fazemos isso. Como tentamos dar uma apressadinha no Plano divino, pegar caminhos alternativos, e nos afastar daquilo que o Senhor realmente tem para nossas vidas. Tantos atalhos nos são oferecidos para nos dispersar dos sonhos de Deus para nós. Alternativas e sugestões atraentes: uma jornada, um RUMO totalmente diferente do caminho preparado por Deus rumo à Sua vontade para nossas vidas.

Esses atalhos podem se manifestar através de várias formas. Decisões equivocadas. Escolhas erradas. Satisfação da própria vontade. Renúncias não feitas.

Muitas vezes obedecer é difícil. Agradar ao coração do Senhor é difícil. Renunciar atalhos convidativos é difícil. Passar pela cruz é difícil.

‘… Eu vou passar pela cruz, e me quebrantar.
Vou passar pela cruz, e me arrepender.
Vou passar pela cruz, que ainda está manchada de sangue por TANTO me amar… ’

Percebi que naquele momento, ali, no meio de tantas pessoas, o Senhor me chamava para negar a minha vontade, carregar a minha cruz, mas principalmente, passar pela cruz dEle por mim.

Contemplando seu sacrifício perfeito, aos pés da Sua cruz, eu sou quebrantada. Minha vontade, meu eu, meu ego e meus desejos precisam morrer ali, no Altar.

Aos pés da Sua cruz, eu me arrependo dos meus caminhos, e dos atalhos que já tomei, e que ainda por vezes, insisto em tomar.

Aos pés da Sua cruz eu vejo que ainda há manchas de sangue, porque Ele me amou! Sua morte, seu sangue e sua cruz foram a prova do Seu amor. Hoje, aos pés da cruz, também sou chamada a provar o meu amor por Ele.

‘… Vou passar pela cruz, e nela me ver. Vou passar pela cruz, e erguer um altar onde a OFERTA SOU EU, crucifico o meu eu…’

Aos pés da Cruz, o Senhor nos chama para erguermos a Ele um altar, e dedicar a Ele não carneiros nem bodes, mas nossas próprias vidas. Nossos sonhos, nossos desejos! Nesse altar, entregamos nosso EU para ser crucificado juntamente com Cristo.

‘…Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’. – Romanos 12.1

‘… Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim’.Gálatas 2.20

Que diante de Deus hoje, você possa tomar esta decisão: Não pegue atalhos. Não ignore a cruz! Não vá por caminhos que não foram preparados por Ele. O povo de Israel tinha a firme promessa do Senhor de possuir a terra prometida, porém, devido à desobediência e relutância do povo, precisaram vagar 40 anos no deserto para chegar à promessa de Deus.

Não fique vagando, dando voltas pelo deserto! Andando por caminhos alternativos você só retarda o plano de Deus para a sua vida. Precisamos tomar nossa cruz e segui-lo. Não há como chegar ao destino final sem antes passar pela cruz do Senhor.

Concluo com um maravilhoso hino do HCC (Sou nova, mas amo os hinos! =]), adaptado para a Cantata ‘Experiência com Deus’. Que essa seja a nossa oração. Ensina-me Senhor, a com ousadia e coragem, orar assim:

Ao contemplar a Rude Cruz (127 HCC)

Ao contemplar a rude cruz, em que por mim morreu Jesus

Minha vaidade e presunção, eu abandono em contrição.

Em nada quero me gloriar, porém na cruz de dor sem par

Humilde, vou sacrificar aquilo que não O agradar.

De sua fronte, de suas mãos, seus pés, fluiu perdão que nos faz um só

Jamais se viu tanta dor e amor,

Jamais se viu renúncia maior!

Se eu fosse o mundo lhe ofertar, Ele o iria desprezar;

Seu grande amor vem requerer

Minha alma, a vida… E TODO o meu ser!

…Fui comprado na cruz, gerado na cruz, redimido na cruz, restaurado na cruz!

Ali, naquela cruz, fomos comprados por um alto preço. Ali o Senhor nos gerou e nos aceitou como filhos, nos redimiu e nos restaurou. Aceite esta oferta, e como prova de amor a Ele, oferte a Sua vida, seus desejos e sonhos a Ele também.

A cruz nos faz lembrar quem somos em Cristo, mas também, aquilo que Ele pode, e quer fazer em nós. ;)

… Te agradeço, óh Jesus… Pela Cruz.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Perdi? Não, eu GANHEI!

“… E sabemos que TODAS as coisas cooperam para o BEM daqueles que amam a Deus, aqueles que foram chamados segundo o seu PROPÓSITO…” – Romanos 8.28

FRACASSOS. Derrotas. Tristezas. Decepções. Abalos. Frustrações. Danos. PERDAS.

Em alguns momentos de nossas vidas, todos nós passamos por situações que envolvem alguma das temíveis palavras acima. Momentos difíceis e de grande confrontação. As coisas afinal, não saíram do jeito que você queria: Aquela pessoa querida te feriu. O vestibular que você não passou, depois de tanta dedicação! O relacionamento no qual você investiu tudo o que tinha, e que não deu certo. A vaga de emprego que você não alcançou. O concurso no qual você não foi aprovado.

Os planos que não deram certo. Os projetos que terão que ser revistos! Lágrimas. Você se sente desabrigado, ferido, ultrajado pelo ‘destino’ que bagunçou suas aspirações. Derrotado, juntando cacos quebrados de sonhos despedaçados.

Se você vive um momento de ‘perdas’, ‘fracassos’ ou ‘derrotas’, tenho algo para te dizer: Perdeu algo? Disse adeus a alguma coisa? Renunciou? Se a resposta for ‘sim’, PREPARE-SE! Prepare-se para ver seus sonhos maximizados!

A verdade é que você NÃO perdeu, meu amado: Você GANHOU! Você avançou! Você não desceu nem decaiu, você SUBIU, você foi elevado! Sabe por quê? Por que você conquistou um degrau a mais na escada da vontade de Deus, e essa escada te leva justamente a tudo aquilo que hoje você chama de ‘sonhos’. (:

Cada perda, cada derrota, cada renúncia nos faz VOLTAR a trilhar os caminhos da vontade do Senhor para nós, pois elas fazem parte do ‘processo’. A nossa vontade é confrontada, porque a vontade dEle se manifesta, e muitas vezes, Sua vontade soberana é totalmente contrária à nossa, àquilo que julgamos ser o melhor. Sua vontade pode ser um NÃO seco. Uma porta fechada. Um tapa na cara.

Julgamos saber o que é melhor para nós, mas sinto informar, nós não sabemos, não! Nós não sabemos de nada! Nós não temos a visão geral. Ah! Se pudéssemos imaginar como o que o Senhor tem preparado é TÃO MELHOR do que aquilo que podemos estar querendo e desejando hoje!

Se você ‘perdeu’, fique tranqüilo! Deus te fez um vencedor, e essa perda resultará em ganhos para a sua vida. A matemática divina é diferente da nossa: 2 – 1 não é igual a 1, é igual a ∞ (infinito):

‘ Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera…’ – Efésios 3:20

Deus tem preparado a sua ‘benção’, e vai ser muito melhor do que você pode IMAGINAR. Se aquela super porta se fechou, aguarde. No momento certo, outra melhor se abrirá! E TUDO o que está por vir, tudo o que você julga ter perdido hoje, será muito MELHOR do que o que você de forma limitada, enxerga no aqui e agora. Sabe por quê? Por que vai ser do jeito DELE. Preparado por Ele. Sonhado por Ele, exatamente para você. :)

A loucura para a qual Deus nos chama hoje é esta: Perdas são perdas aparentes. Na verdade, são GANHOS! Ainda que doa deixar nossa vontade de lado, ELE é quem sabe o que é melhor. Hoje você pode estar chorando por algo que perdeu, mas a sua alegria, meu amado, está chegando pela manhã! (Salmos 30.5)

E vai ser completo. E vai ser o melhor! Mas tenha em mente que não será o que VOCÊ julga o melhor, mas o que ELE considera o melhor para a sua vida. Por isso, ao invés de chorar e lamentar, regozije-se! “Deus tem preparado o melhor para mim. Algo muito maior do que isso que perdi hoje está por vir na minha vida”.

Parafraseando a música que me inspirou a fazer este post (Deus tem o melhor pra mim – Fernandinho ), digo: ‘Deus tem o melhor para você, e o que você ‘perdeu’, não se compara com aquilo que você ganhou’.

Perdas? Derrotas? Que nada! Você é um vencedor caminhando rumo à vontade do Pai!

‘ Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam’ . – 1 Coríntios 2:9

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* Este texto também foi publicado por mim no convitealoucura.com.br , um blog feito por jovens cristãos para jovens cristãos. Não deixe de conferir! ;)

terça-feira, 5 de julho de 2011

‘Eu disse adeus ao namoro’ – Uma palavra sobre passados escondidos

Olá, galera!
Pessoal, acabei de ler um livro tão, mas tão precioso que preciso compartilhá-lo com vocês. O livro se chama “Eu disse Adeus ao namoro”, e sua leitura tem me edificado de maneira surpreendente. O autor aborda o assunto de forma maravilhosa, clara e super realista. De minha parte, este livro é altamente recomendável a jovens cristãos que, assim como eu, estão solteiros.
Assim que li o capítulo 7 (semana passada), precisei escrever este post. Este capítulo abordou um tema ‘árido’ em meu coração. Uma temática que eventualmente me trazia muito sofrimento, dor e pesar: “Um passado purificado: Como Jesus pode redimir o seu passado.”
O capítulo está baseado em um sonho do próprio autor. Gostaria de compartilhar este sonho com vocês, pois no decorrer de sua leitura e principalmente ao final, consegui me enxergar como uma pessoa totalmente alcançada pela graça de Deus. Como eu precisava disso!
Se assim como eu, você também tem dificuldades em lidar com erros do passado (principalmente nesta área afetiva e de relacionamentos), recomendo a leitura que vem a seguir. Minha oração é que aconteça no seu coração o que aconteceu no meu após a leitura dessas palavras.

‘O quarto’
Naquele estado entre estar acordado e estar sonhando, me encontrei em um quarto. Não havia nada que chamasse a atenção exceto por uma parede coberta de arquivos de gavetas com fichas. Eles eram como aqueles de biblioteca que listam os livros por autor ou assunto em ordem alfabética. Mas estes arquivos, que iam do chão ao teto pareciam não ter fim em cada lado, tinham cabeçalhos muito diferentes. Ao me aproximar da parede de arquivos, o primeiro a me chamar a atenção foi um intitulado “Garotas de quem eu gostei”. Eu o abri e comecei a passar o olho nas fichas. Rapidamente eu fechei a gaveta, chocado pelo fato de reconhecer os nomes que estavam escritos em cada ficha.
E então sem ninguém me contar, eu soube exatamente onde estava. Este quarto sem vida com os seus pequenos arquivos era um sistema de catalogação da minha vida. Aqui estavam anotadas as ações de cada momento meu, grande ou pequeno, com um detalhe que a minha memória não poderia igualar.

Fui tomado por uma sensação de admiração e curiosidade, acompanhada de horror, quando comecei a abrir arquivos aleatoriamente e explorar os seus conteúdos. Alguns me trouxeram alegria e agradáveis memórias; outros uma sensação de vergonha e arrependimento tão intensa que até olhava por cima do ombro para ver se havia alguém observando. Um arquivo chamado “Amigos” estava ao lado de um marcado “Amigos a quem traí”.
Os títulos variavam de mundano até os mais esquisitos. “Livros que eu li”, “Mentiras que contei”, “Conforto que ofereci”, “Piadas de que eu ri”. Alguns eram até hilariantes na sua exatidão: “Coisas que gritei contra os meus irmãos”. De outros eu não pude rir: “Coisas que fiz movido pela raiva”, “Coisas que murmurei contra meus pais.” Eu sempre ficava surpreso pelo conteúdo. Frequentemente havia muito mais fichas do que eu esperava. Algumas vezes havia menos do que eu desejava.
Fui esmagado pelo volume completo de vida que havia vivido. Haveria a possibilidade de eu ter tido o tempo nos meus vinte anos de escrever cada uma destas milhares, possivelmente milhões, de fichas? Cada uma delas estava escrita com a minha própria caligrafia. Cada uma assinada com a minha assinatura.

Quando eu abri o arquivo “Canções que ouvi”, eu me dei conta de que os arquivos cresciam em profundidade para caber o seu conteúdo. As fichas estavam guardadas bem apertadas, e ainda assim ao final de dois ou três metros, ainda não tinha chegado ao fundo da gaveta. Eu a fechei, envergonhado, nem tanto pela qualidade da música, mas pela enorme quantidade de tempo que eu sabia que aquele arquivo representava.
Quando cheguei a um arquivo chamado “Pensamento Impuros”, senti um frio correr pelo corpo. Abri o arquivo apenas uns dois centímetros, sem querer testar o seu tamanho. Arrepiei com o conteúdo detalhado. Me senti mal só de pensar em que um momento como aquele tinha sido registrado.
De repente senti uma raiva quase animal. Um pensamento dominava a minha mente: “Ninguém jamais deverá ver estas fichas! Ninguém jamais deverá ver este quarto! Tenho que destruí-las!” Com uma fúria insana puxei o arquivo para fora. O seu tamanho não importava agora. Eu tinha que esvaziá-lo e queimar as fichas. Mas ao pegar o arquivo numa ponta e batê-lo no chão, não consegui deslocar nenhuma ficha. Fiquei desesperado e tirei uma ficha, apenas para descobrir que ela era forte como o aço quando tentei rasgá-la.

Derrotado e absolutamente desamparado, guardei o arquivo no seu lugar. Apoiando a testa contra a parede, soltei um longo suspiro de autocomiseração. E então eu o vi. O título dizia: “Pessoas a quem compartilhei o evangelho”. O puxador estava mais brilhante que aqueles ao seu redor, mais novo, quase sem uso. Eu puxei a gaveta e saiu na minha mão uma pequena caixa de no máximo oito centímetros de comprimento. Eu podia contar as fichas em uma mão.
E então vieram as lágrimas. Comecei a chorar. Os soluços eram tão profundos que a dor começava no estômago e me sacudia todo.
Caí de joelhos e chorei. Gritei sem constrangimento, por causa da esmagadora vergonha de tudo aquilo. As fileiras de gavetas dos arquivos giravam em meus olhos cheios de lágrimas. Ninguém jamais deveria saber deste quarto. Eu devia trancá-lo e esconder a chave.
Mas então, ao limpar as lágrimas, eu O Vi. Não, por favor, Ele não. Não neste lugar. Ô, qualquer um, menos JESUS.
Eu assistia, sem poder fazer nada, enquanto Ele começava a abrir os arquivos e ler as fichas. Eu não agüentava ver a Sua reação. E nos momentos em que consegui olhar na sua face, eu vi uma tristeza mais profunda do que a minha. Parecia que ele intuitivamente ia para as piores caixas. Por que Ele tinha que ler cada uma delas?

Finalmente Ele se virou e me olhou lá do outro lado do quarto. Ele olhou para mim cheio de compaixão nos olhos. Mas esta era uma compaixão que não me deixou irado. Abaixei a cabeça, cobri o meu rosto com as mãos e recomecei a choras de novo. Ele se aproximou e colocou o Seu braço em volta de mim. Ele poderia ter dito tantas coisas. Mas não disse uma palavra. Apenas chorou comigo.
Depois Ele se levantou e voltou para a parede de arquivos. Começando em uma ponta do quarto, ele tirou um arquivo e, de um em um, começou a assinar o Seu nome em cima do meu em cada cartão.
“Não”, eu gritei, correndo em sua direção. Tudo que consegui foi: “Não, não” enquanto tirava a ficha da sua mão. O nome Dele não deveria estar nestas fichas. Mas lá estava ele, escrito em vermelho tão rico, tão escuro, tão vivo. O nome de Jesus cobria o meu. Estava escrito com o Seu sangue.
Ele delicadamente pegou a ficha de volta. Ele sorriu um sorriso triste e continuou a assinar as fichas. Acho que jamais compreenderei como Ele o fez tão rapidamente, mas no próximo instante parecia que Ele fechava o último arquivo e voltava para o meu lado. Ele colocou a sua mão no meu ombro e disse: “Está consumado”. Me levantei, e Ele me guiou para fora do quarto. Não havia tranca na porta. Ainda havia fichas a serem preenchidas.

Este relato tocou profundamente meu coração. Me senti muito amada por Deus. As palavras finais do capítulo arremataram completamente a minha alma antes ferida:
“Talvez você tenha um momento específico na memória que continua a atormentá-lo, algo que faz com que não se sinta merecedor do amor e perdão de Deus. Não permita que o passado seja vencedor. Esqueça-o. Não fique revivendo aquele momento ou outros como aquele. Se você se arrependeu de todos aqueles comportamentos, Deus prometeu que não mais se lembraria deles. Siga em frente. UMA VIDA DE PUREZA O AGUARDA.” – Amém!
Pois eu perdoarei os seus pecados, e nunca mais lembrarei das suas maldades”. – Hebreus 8.13